terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ô num intindi o que ele falô!

Olá! :)

Hoje eu vim falar sobre linguagem. Na verdade, vim falar sobre um hábito pessoal e que eu sei que muitos de vocês que aparecem por aqui também devem ter.

Eu sou filha de uma pós-doc, formada em Letras, professora atuante, coordenadora de estágio, blablablá. Por tudo isso, minha mãe passou boa parte da minha adolescência corrigindo minha fala, meus trabalhos, minhas provas e meus pensamentos. Nada escapava do meu google materno! Diante de tanta cobrança, virei uma chata perseguidora de erros de português. Não sou nenhuma sumidade, mas sou daquelas que abusa dos sinônimos caso não saiba a grafia correta do que eu queira escrever. Sou muito um pouco obsessiva, até!

Tenho ginge quando vejo palavras que ao meu ver são extremamente fáceis de escrever sendo usadas de maneiras totalmente erradas. Fico doida para consertar, para corrigir, para arranjar um jeito camarada de chamar atenção para a grafia correta, de repetir a palavra certa no chat na minha resposta quando a usam na pergunta de maneira errada, tenho mil e um truques!

Descobri que não estou sozinha quando vi um movimento no face e no twitter e em várias redes sociais sobre regrinhas básicas, palavras que já caíram no gosto dos, vulgarmente chamados, assassinos da língua, chamando atenção para os famosos erros como o uso de mim e me, o mas e mais, o voçê, familha, o clássico pobrema, indiota e tantos outros!

Pois então. Risadas à parte, sempre achei muito cômodo para nós, estudantes abonados, com passe livre para a educação, apontar o dedo e engasgar com o hilário erro de quem escreve errado. Diante do propósito da linguagem, estabelecer uma comunicação, você que ouve "pobrema", entende o que a pessoa quer dizer? Entende que ela está querendo dizer problema? Entende, não é? Logo, ela atingiu seu objetivo.

Lembro que esse ano houve um debate ferrenho com o MEC sobre os livros didáticos que apresentavam essa linguagem diferente como desvio e não como erro. Diversos professores foram extremamente contra, como se estivesse havendo uma apologia ao linguajar errado. O que foi explicado foi o seguinte: Quando alguém fala estrupo, célebro ou qualquer outra palavra que fuja à gramática normativa, isso não deve, jamais, indicar um erro, muito menos motivo para discriminação. Existe uma norma culta a ser empregada e quando alguém não se enquadra nela, ela comete um desvio e nunca um erro, pois ela consegue se comunicar, apenas não está na forma que a sociedade aceita como padrão, uma vez que não teve acesso a isso.

Pois bem! Se eu digo pra você "Gatinha, pegue ali umas almofada pra mim" e aponto para um sofá com 10 almofadas, quantas você vai pegar? Uma? Várias? Garanto que será mais de uma :) Então vamos ser mais humanos, menos prepotentes, mais inclusivos, não é? Dói não!

Antes de apontar o erro do outro, vamos olhar nossa escrita, nossos atos, nossa conduta. Tantas coisas mais importantes, não é mesmo? Isso foi um baque para mim, de verdade. Sou a primeira a achar loucura e a primeira a me retratar com meu preconceito também. Não devia ser assim! Não posso olhar a escrita de alguém como ponto focal de uma pessoa. Parece que isso recebe tanta atenção, como se aquele indivíduo se resumisse a um "s" no lugar errado ou a falta de um n, enfim!

Esse vídeo foi um sucesso na internet. Quem nunca viu a moça do "naite bruique"?

Todo mundo deu boas risadas com ela. Compartilhou com todos os amigos, fez chacota. Sabe o que eu vi? Uma mulher muito inteligente, com um discurso extremamente lúcido e com argumentos plausíveis de defesa. Ela sabia o que queria, sabia a grafia e sabia, inclusive, que o vendedor estava entendendo sua versão do notebook. "Ele sabia o que eu estava falando" e sabia mesmo. Mas parece tão difícil assumir uma proximidade e, simplesmente, atendê-la ao invés de querer consertá-la. Há tempo e necessidade para isso? Qual é o ganho? O que ele quis com isso?

Bom, o mais legal foi que hoje eu recebi um e-mail sobre uma ideia de editora abril. No site deles, há uma parte chamada "Educar para crescer". Eu não sei exatamente o propósito deles, mas o link no meu e-mail me levou a uma página com um joguinho aparentemente inofensivo e eu resolvi testar.

Me pareceu um tanto irônica a explicação do aplicativo: "Teste se você escreve e fala corretamente as palavras mais complicadas da língua portuguesa". Gente, não vi nenhuma palavra complicada e, vou te dizer, foi uma surra de sapeca iaiá na minha intolerância. São 4 níveis e eu fui passando por eles com muita tranquilidade. No quarto nível, passei por palavras que eu utilizo no meu cotidiano e jurava de pé junto que saberia escrever. Errei boa parte deles e fui me sentindo beliscada pela realidade. "E agora, universitária?". Todo mundo DESVIA! Eis aqui meus resultados, o melhor de tudo é a carinha do sujeito:

Foi um resultado podrengo? Não. Mas a carinha dele no último e o "você está quase lá" é de matar, não é? E pensei que talvez as pessoas sintam exatamente isso quando nós, lá de cima do nosso pedestal, as consertamos.

Se você quiser passar por esse exercício de humildade nível 1, clica aqui e completa o teste. Aproveita para fazer todos os outros e testar como você está com a gramática, com as regrinhas. Não há mal nenhum em querer se aperfeiçoar, sempre respeitando e passando conhecimento, o que é muito diferente de desdenhar de quem não fala como você.

Agora... Se você não quer nem tentar, pois acha perda de tempo ou que você é muito maior do que isso, POBREMA SEU! Eu não poço fazer é nada se voçê é um indiota que se acha mas que todo mundo. Vose vai cotinuar cendo pequeno diante do corasao de quen quer aprender. Entendeu? Entendeu, né? :)






segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Let's dance!

Oi, meninas!
Hoje eu vim na pegada Girly Post para contar a vocês uma coisa muito legal de bom de piririmpompom take my breath away!

Já pensaram em dançar? Dançavam há muito tempo, pararam e agora sonham em voltar? Pois seus problemas acabaram! A Companhia Kika Tocchetto resolveu abrir suas técnicas e está dando aulas de dança livre para quem sempre quis chacoalhar o esqueleto!


Foto de Aline Valadares

Nas aulas há alunas de todas as idades e com níveis de dança diferentes, o que propicia a interação de principiantes com bailarinas já formadas, havendo espaço para todas!

A Companhia Kika Tocchetto já é figurinha carimbada nos eventos mais estourados de Salvador e região! Composta por bailarinas requisitadas no cenário soteropolitano, estiveram nas festas mais badalas da cidade e invadiram o carnaval baiano nos camarotes mais bombados!

Com posturas da Broadway, as bailarinas profissionais da Companhia arrasam sempre e dão um toque a mais a todos os eventos contratantes! É só conferir as fotos no facebook da Companhia!

As aulas acontecem às segundas e quartas, às 20h, na Escola Contemporânea de Dança, na Rua Barão de Loreto, Graça. É facinho de achar, mas quem se perder pode ligar para lá (3237-7788 ou 3235-9650) e pedir informações!

O custo mensal é de R$250,00! Mas se você quiser fazer uma aulinha, só para sentir a energia, a aula avulsa custa a bagatela de R$35,00! E olha, é diversão garantida!

Para animar mais ainda as calcinhas frenéticas que já estão se coçando para correr para as aulas, Kika Tocchetto tá ensaiando com as meninas uma coreografia inspirada no musical Fame!



E aí! Já está louca para chegar 20h e correr para a Contemporânea? Contando os minutos? Pois então vá se aquecendo, escolhendo sua roupa baphônica e se prepare para arrasar! Você não vai querer parar de dançar!




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Lanterna Verde - O filme

Fashion que sou, coloquei até a letra combinando para a NOSSA nova aquisição. Eu assisto muito filme e resolvi fazer resenha pra vocês sempre que ver um novo! Portanto, o último que assisti foi LANTERNA VERDE!



Pois então, o filme Lanterna Verde é mais uma humanização de heróis famosos de quadrinhos de mil novecentos e vovó gatinha. Com a direção de Martin Campbell, o longa retrata como foi a escolha do único Lanterna humano da história dos Lanternas Verdes! O escolhido é Hal Jordan, um piloto irresponsável e aventureiro que caga com a carreira dele ao arriscar um avião da companhia em uma simulação. Desempregado e eterno apaixonado pela ex-futura-quem-sabe namorada, (óbvio, né?) ele fica tristinho, pra baixo e, quando menos espera, é sugado por uma esfera de energia alienígena e viaja até um antigo porto onde se depara com a nave espacial de um soldado da Tropa dos Lanternas prestes a morrer.

O alienígena roxo moribundo, como o próprio Hal o chama, diz a ele que o anel dos lanternas o escolheu para substituí-lo e aí é que a porra toma forma. O filme é uma aventura massa, filme de menino, sabe como é? Cheio de guerra, luzes, pitchons, pof, pac, plof, zium e tudo que quadrinhos têm direito! Há críticas severas sobre a recriação, já que consideram Ray Reynolds fraco para o papel, Parallax, o até então vilão, uma bola com cara de caveira muito da fraquinha e os outros membros da tropa um tanto quanto bobos.

Bom, eu nunca tinha lido as histórias, muito menos conhecia as mediações de Oa, o planeta dos Guardiões e escolhido como sede dos Lanternas. Mas parece que para os conhecedores, Oa está super fiel às descrições dos quadrinhos e ganha vida aos olhos de quem já ouvia falar dela. Inclusive, li nas críticas que os demais lanternas são facilmente reconhecidos por seus admiradores quando uma visão extendida da reunião é mostrada.

Não é um filme ruim, mas também não é um beleza de creuza! As críticas mais severas o indicam para crianças ou fãs de carteirinha da história, pois julgam que o visual do filme é muito rico em contraponto com a pobre trama, comparando o filme como o show de sua banda favorita que, por algum motivo, não toca suas melhores músicas! (Ai...)

Eu gostei, me distraiu e não me decepcionou porque eu não tinha expectativas! Maaaas... Me pareceu dar um gosto de continuação! Vamos ver, né? E vocês assistiram? Gostaram??



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Quero falar com você.

"Se dois indivíduos estão sempre de acordo em tudo, posso assegurar que um dos dois pensa por ambos." Freud


Às vezes me assusto com a maneira que Freud me convence. Ou confirma meus pobres achismos. Sempre duvidei, ou melhor, nunca acreditei nos casais de fala pronta "a gente nunca briga!". Coitados. Pois eu sempre brigo, graças a Deus. Para mim, amar alguém e nunca discutir com ele é loucura, pior, é leviandade. Essa história de que combinam em tudo, concordam com tudo, como Freud disse, é dito e certo: Há apenas uma cabeça pensante ou engajada nessa relação. Não opinar, não discutir, sempre concordar podem ser sinais clássicos de submissão. Pode indicar alguém que não se empenha, medroso em discordar, que não se arrisca, que prefere se acomodar. Pode indicar alguém que tenha extremo medo de perder, alguém que se anule em prol do ad eternum que nunca existirá. Pode indicar alguém com preguiça de você, que não quer se envolver. É preciso movimentar a linguagem entre relações. E, com isso, não estou dando carta verde ao barraco, a gritaria, ao dedo na cara, não, não, nada disso. As pessoas banalizaram tanto o termo discutir que virou sinônimo de mágoas, de arrependimentos, virou DR, sempre ligado a algo ruim.

Discutir, como tantas outras, vem do latim, do termo discutere, a junção de dis = separação com quatere = sacudir. Ou seja, é o sacudir e separar de palavras. Quando há algo para ser discutido, você separa os argumentos para ver o quanto são sólidos e os separa de acordo com sua moral, com seu juízo de valor, cometendo, assim, uma série de erros, é claro, como qualquer um. Nossos preconceitos, sempre incovenientes, encharcam nosso discernimento e fazem com que a gente ouça tudo em um tom muito pejorativo. Fora a mania que temos de ouvir tudo em posição de ataque-defesa, nunca de compreensão.

Aos que não se arriscam, sobra o relacionamento unilateral, aquele que abarca dois pombinhos em perfeita sintonia, dividindo um único cérebro sentimental dentro de uma relação fictícia. Não gosto disso.

Aos que encaram a posição do surdo-mudo em qualquer tipo de relação, meus pêsames. Quanto tempo perdido! Quanto luto acumulado. Isso dá úlcera, sabia?

Aos que amam em contradição, que reconhecem, de longe, a cagada de um amigo, que discordam da opinião de quem ama mesmo sendo ele o mais amado. Aos que encaram o zelo com seriedade, que extravasam sinceridade mesmo quando ela pode doer, mesmo quando ela, por mais que só depois entendida, ensine a crescer. Aos que gostam com saúde, aos que amam na plenitude do merecer, aqueles que evoluem na direção do saber, aos que idolatram a língua, a fala, o jeito de dizer, meu profundo respeito.

Um dia eu me apresso e chego até você. Por enquanto, vou ponderando. Tem coisas que, realmente, chegam a doer. Você ouve, cala e continua fingindo viver.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

What's new?

Vocês não tem a leve impressão de que a tecnologia, quase sempre, beneficia as mulheres? Pois eu tenho!

Ultimamente tenho visto muita novidade ligada a nós, calcinhas! São leggings que prometem quebra de gordura, por conta do tecido tecnológico, esmaltes com efeitos antes nunca vistos, cremes milagrosos com efeitos imediatos, escovas definitivas, progressivas, inteligentes, faruwellys, remisfleurys, shoruels! Tem os aparelhos de ginástica, como as plataformas vibratórias, que só são utilizadas pelas mulheres, tem a moda inovando absurdamente a roupa FEMININA, a explosão dos blogs de mulherzinha (como esse!!!), os programas de televisão cada vez mais voltados para nós! Sem falar na expansão do nosso domínio no mercado de trabalho! O mundo está, cada vez mais, feminino! Eu acho isso indiscutível! A hegemonia masculina está em baixa e as mulheres estão no comando em quase tudo! Diga aí!

Pensando nisso e pesquisando por aí, achei novidades picantes interessantes para mulheres dentro de um mundo que antes era puramente masculino! INFORMÁTICA!!!!!

Meninas, vocês não devem nem imaginar sobre o que eu vou falar, o que torna tudo muito mais engraçado! Hahahaha!!! Não vim falar de novos jogos, de windows, proteções de tela com frufrus, teclados, programas, softwares, nada, nada, nada! A ala geek masculina abriu as portas para as meninas e nós esculhambamos verdadeiros símbolos da religião da computação, blasfemamos sem o menor pudor, sambamos em seus downloads e rimos da evolução dessa área!

Sabe o que agora nos pertence?? VIBRADORES! Sim, vibradores, meninas! Mas não é qualquer vibrador! Graças às mulheres que estão mais inseridas no mundo geek, a galerinha que cria utensílios para computadores pensou na gente e no nosso BEM-ESTAR (hihihihihi) e criou dois nigucins pra lá de bom! (NÃO TESTEI! Hai ai)  AS MENINA GRITA EM CORO OOOOOHHHH!!!!!


O primeiro... TCHAM TCHAM TCHAM TCHAMMMM (Ordináááária!!!) é o Duet!


(Foto: Divulgação)

Gente curiosa, o Duet é um PENDRIVE! Deveria ser PENISDRIVE, né? Hahahaha como eu sou bandhyada! Olha que design bapho ele tem! Quem vai desconfiar que isso faz carinho? Pois! Ele não é simplesmente um pendrive que vibra, o formato dele é proposital! Como vocês podem ver na foto, a parte em vinho é vazada, para você encaixar no seu menino e gargalhar a toa! Como se já não bastasse essa funcionalidade, ele armazena até 16GB! Haja orgasmo, né não? Ele tem quatro opções de vibração, cinco níveis de energia e seu funcionamento, segundo a descrição do produto, é praticamente silencioso! AH VÁ! Isso é relativo, né colega? Contribua para a propaganda e não grite, acompanhe o silêncio do aparelho! Acha que acabou? Coleeega... Essa belezinha ainda é a prova d'água! PORRAN! TÁ NA MELHOR! 
(Foto: Divulgação)

Ele é feito de silicone e metal! Pire aí, você na piscina, no banho, na praia, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê! Ele suporta até 3m de profundidade. Gente, quem foi o gênio??? Então! O único "problema" é que você não pode usar suas duas funções, a de vibrador e a de acessar os dados armazenados, ao mesmo tempo! E quem quer fazer isso, não é mesmo? INFELIZMENTE ele ainda não foi lançado e parece que, quando for, quem quiser vai ter que pagar entre R$140,00 (modelo base), mais R$190,00 pela memória de 8GB ou R$250,00 pelo modelo super-power-mega-standart-motherfucker que tem memória de 16GB e capa GOLD! Pense na nojisse que você vai ficar! É lusho e é pra quem pode!

A outra invenção é um vibrador, minhas amoras, em formato de MOUSE! OMG!  

Haja criatividade!!! O Hustler Cat & Mouse é para as viciadas em computador! Um mimo da informática, não é mesmo? Mas, diferente do Duet, ele não tem funcionalidade além do vibrador, é só carinha de mouse mesmo! Na verdade, a intenção da "fantasia" de utensílio de computador, segundo o fabricante, é para que ele possa ficar à paisana sem que ninguém perceba, de imediato, que seja um vibrador! A cápsula ao lado do mouse é em plástico aveludado e é ela que vibra! Ui! E é justamente o scroll wheel (aquele negocinho que roda no meio) que regula as velocidades. Como ele é movido a pilha, não adianta tentar substituir seu mouse por ele, não vai rolar! Ele, de fato, é apenas um estimulante sexual metido a mouse!

E aí!!!!! Gostaram?? Usariam?
Me conta, me conta!
Beijos!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Você é animal?

Oi, oi, oi! Hoje eu vim falar de um assunto que eu me interesso muito!

VOCÊ É ANIMAL?

Quisera que fosse! Para além das respostas prontas de que, sim, somos animais da raça humana, antes fôssemos da raça maltês ou da raça labrador ou vira-latas, pois... Francamente! Ser "xingado" de animal deveria ser um elogio. São as criaturas mais adoráveis que Deus pôs nesse mundo! Diria, sua melhor criação! Eles devem ter sido uma tentativa de nos mostrar o que é dedicação sem olhar a quem, o que é um amor puro, o que é a real sensação de sentir saudade, o que são olhos que dizem tudo!

Venho em nome, especificamente, dos cães e gatos! Eu, alucinada por animais, sempre cresci acompanhada por um cachorro e devo ressaltar o quanto isso foi importante para mim! Hoje sou mãe de Lucky, um maltês preguiçoso e barrigudo de 5 anos que é meu amor! Super independente, de personalidade forte, uma figura! Já tive Princesa, uma cocker que nos deixou ano passado por conta de um câncer e Simão, um yorkishaire ESPECIALÍSSIMO na minha vida, que eu sinto muita falta, que era meu príncipe e me deixou após um atropelo acidental. As perdas sempre dóem muito e nem discuto a respeito, pois só quem passa pela dor de perder um amigo íntimo sabe o que estou falando.

Eu sou extremamente radical! NÃO CONFIO EM QUEM ME DIZ NÃO GOSTAR DE ANIMAIS! Pra mim, isso é defeito! Por conta da minha curiosidade, acompanho vários programas, como o Distrito Animal, que acompanha a ASPCA (The American Society for the Prevention of Cruelty to Animals) nos casos de crueldade com animais feitos por quem? Por nós! Absurdos e absurdos. Descasos inexplicáveis, situações constrangedoras para a nossa raça, posturas totalmente negligentes, retratos de falta de amor pelo próximo, cenas revoltantes! Não gosto de ver o que passa, mas acho importante! O trabalho deles é sensacional e fiquei muito feliz quando soube que em SP foi aprovada a construção de uma instituição que cuide judicialmente de crimes contra animais, pena que só há em SP. POR ENQUANTO, assim espero!

Eu sempre fui presenteada com meus cães. Sempre os recebi com o pedigree grampeado em suas certidões de nascimento. Depois de velha, com uma série de informações e relatos de caso, descobri a importância em adotar cães e gatos, ao invés de comprá-los, pois a compra incentiva o mercado negro de reprodução desenfreada que nós, compradores, muitas vezes nunca sabemos que existem.

Já fui em alguns abrigos e feiras de adoções e o impacto é imediato. São como órfãos, suas situações são injustas e eles são negados, muitas vezes, por serem mais velhos e não serem fofos filhotes. Alguns não os querem com a justificativa de, por terem sido resgatados de rua ou serem mais velhos, já possuem suas manias e não irão se adaptar. Como se pudéssemos escolher, na hora de ter um filho, que defeitos e qualidades serão aplicados àquele sujeito. Outros tantos, de raça, são jogados fora, sim, como lixo, pois nasceu diferente da ninhada, com uma coloração que não é interessante para a venda, ou pela orelhinha menor, ou o rabo encurtado, ou o que mais eles julgarem como defeito. Cães e gatos totalmente saudáveis são descartados pelos comerciantes, caso concordem que não fazem o perfil dos compradores. Animais que sofrem algum acidente, perdem sua mobilidade, são vistos como incapazes, inúteis e são, igualmente, mandados para sacrifícios. Quem o faz, provavelmente, não conhece Faith, a cadelinha mais famosa no mundo por sua vontade de viver e pela grande pessoa que é sua dona, uma mulher ANIMAL!

Faith nasceu entre as pessoas certas! Com apenas duas patas saudáveis, uma atrofiada e uma que não se desenvolveu, Faith tinha tudo para ser jogada na rua como um brinquedo quebrado que não serve mais. A atrofiada foi amputada aos 7 meses, não tinha utilidade nenhuma e sua dona, Jude, com o maior coração que lhe foi dado, começou, com a ajuda da manteiga de amendoin, a ensinar Faith a dar pulinhos para ter a guloseima. Com o tempo, Faith, simplesmente, aprendeu a andar sobre as duas patas traseiras de maneira espantosa e hoje é exemplo de superação para muita gente por aí! Rendeu até livro!



Me coloco sempre no lugar deles. Se por acaso, algo acontecesse comigo, eu sofresse um acidente, seria justo ter minha vida desenganada? Era assim que eu gostaria de ser tratada? Feito coisa descartável? Não, não mesmo! E a minha revolta maior é quando ouço: Mas são só cachorros! Só gatos! NÃO! São cachorros e são gatos. O "só" é que me incomoda, pois eles são muita coisa e merecem o amor que dedicariam à gente sem nem questionar.

Os chamados "criadores", pessoas que fazem da venda de animais uma profissão, elegem as fêmeas de ouro e a colocam em um ritmo de reprodução absurda e totalmente contra o ritmo saudável da natureza. A tratam como máquinas de fazer fofos filhotes e a submetem a terríveis condições de vida. Não respeitam seu tempo de recomposição, muito menos sua relação com os filhotes. O vendem feito remédio na prateleira e nós compramos, incentivando-os a fazerem mais. São os que mais descartam animais por acharem que não condizem com a ninhada, por serem diferentes. Abomináveis!

Minha tentativa com esse post é incentivar a adoção! E, ainda mais, incentivar a adoção de cães e gatos que realmente precisam de ajuda! Se você não tiver condições de abrigar algum, você pode se oferecer como lar provisório até que o animal consiga um papai ou uma mamãe que possa abrigá-lo! Ou, se também não puder tê-los em casa por diversos motivos que eu entendo, como alergia, apartamento pequeno, grana pouca, você pode fazer doações em dinheiro ou produto para abrigos ou casos específicos! Qualquer coisa já é uma glória! Há um perfil no face muito bacana para atualizá-los sobre os casos da nossa cidade, Salvador, e como ajudá-los! E é esse aqui! No twitter, sou seguidora de um perfil super esclarecedor e simpático, o Querido Cachorro, atualizado pelo amicão Luiz Augusto! Ele posta várias novidades e notícias nacionais sobre cachorros, bem como as feiras de adoções que ocorrem nas cidades por esse mundão! Segue lá!!!

Por último, mas não menos importante, quebrem o preconceito contra os gatos! Não é regra que são traiçoeiros, falsos, indignos de confiança! Muitos deles são brincalhões, carinhosos, super bobos e ótimas companhias! A chance de algum gato ser chatinho ou não quiser conversa não é absurda e tem muito cachorro anti-social por aí também, né? Não por isso não merecem um lar! Ajude-os a se tornarem sociáveis, muitas vezes são assim por falta de confiança no homem que tanto os destrata! Animais também tem traumas, sabiam?

Abram seus corações, se encham de amor, de gratidão, de compaixão! São os melhores amigos que você terá, os melhores ouvidos, a mais linda companhia, a maior das lealdades, o carinho na hora certa! Nunca vou me esquecer de um dia, que voltei chorando da escola, sentei na cama, olhos fechados, chorando muito, achando que o mundo tinha acabado quando, de repente, ouço um barulhinho lindo na minha frente. Era meu Simão, sentado a minha frente, com os olhos fixados em mim, chorando comigo. Ele não sabia o que havia, mas sentiu o sofrimento e o dividiu comigo. Raras exceções de humanos que já fizeram isso por mim!

E olha... Não sejam rigorosos quanto à raça! Vira-latas, muitas vezes, tem o sistema imunológico fortalecido, justamente por serem mestiços e pelo que passaram nas ruas. O que vai te poupar de uma série de doenças provenientes de raças legítimas que enfraquecem o cão, facilitam o surgimento de doenças de ouvido, infecção e tudo mais. Claro que não é para ignorar os de raça, heim! Só peço que confiem na conexão quando trocarem o olhar com um animal! Acreditem no sexto sentido de vocês e o levem para uma vida de amor, não importando que cor sejam, como estejam, nem de onde vieram!


ADOTE!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

#longoconto

Ela sempre esteve lá. Ele nunca viu. Antes de sair, olhou seus olhos no espelho, penetrou em seu próprio olhar, se convenceu e partiu. Antes de quase perto, parou um pouco, fechou os ouvidos e falou consigo. Antes que pudesse controlar, já pedia para seu coração se acalmar, para seus pêlos abaixarem, para seu corpo se iluminar. Ele estava lá. Ainda não a via. Ela sempre em sua via. De tão linda, foi notada. Seu corpo selecionado, seu sorriso largo, seu abraço fácil. Quem dera aquela música durasse mais que os seus pés pudessem suportar. O beijo encaixado, os olhos fechados. Em quê poderia errar? A Cinderella era ele. Seu feitiço, quebrado por um cigarro, afogado em um copo de bebida, durou tão pouco que chegou a doer. Onde está o erro, onde foi parar o desejo? Fora tudo feito nos eixos. O cabelo, o comprimento no joelho, a vontade de querer. O querer de começar, o querer de convencer. O menino não entendeu. Fez que era seu, se mandou, correu, não deixou nem ela falar. Sambou no seu amor, fez piada do batom, difamou sua investida, fez pouca coisa da bainha. Nela nada mais cabia. Apertava no peito, apertava o beijo, a lembrança, a confiança. Acabou tudo e ela não entendia. Se foi algo que fez, custava dizer? Ela poderia melhorar, mas ele não disse. Ele não disse quase nada. O limite se enterrou no seguinte: "Serei sincero com você, não posso me perder. Acho que vou te machucar, não sou eu, é você." Sem quase escutar, agradeceu a sinceridade. Entendeu que era medo e deixou na saudade. Deixe ele ir embora menina, o medo não dá em você. Sinceridade é ponto de vista bobo, ele mentiu pra você. O que dá medo, menina, na verdade, é te perder. Foi evitada o tempo todo, achou que fosse morrer, para depois de muito tempo, ajoelhar de tanto agradecer. Homem de verdade, menina, só te dá o bem querer. Homem de verdade, menina, tem medo é de não ter você. *Sugestão de Jacqueline Lopes "Homens que, por medo de assumir um relacionamento, simplesmente passam a te evitar"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

História de aeroporto

Quanta pressa para voltar para casa. Cansaço, preguiça, fome, saudade. Vôo atrasado. Passageiro passa mal e aeronave não pode decolar em minha direção enquanto ele não for atendido. Tinha que passar mal? Eu devo ter a sorte de ter tanto azar. O salto já descolou dos pés. Já sentei e já perdi a paciência. Quando estava pronta para desconectar daquela situação, uma senhora me pergunta:

Vai para Salvador?

Diante da minha afirmativa, ela disse que também iria. E eu encerrei o assunto com um:

Legal! :)

Não queria papo, mas ela insistiu:

Estou tão nervosa...

Percebi que ela queria uma escuta e resolvi ficar por ali. Dei o primeiro passo para uma história surreal que eu vou dividir com vocês:

Eu nunca viajei de avião, estou morrendo de medo. E foi só eu marcar a viagem que caiu um avião aqui em Recife, você viu?

Vi, sim, mas ele não caiu. Na verdade, nem chegou a decolar. Foi um problema técnico, na estrutura, não sei ao certo, mas fique calma... É mais fácil acontecer um acidente com a senhora em um ônibus do que em um avião! E, no mais, viajar de avião é tranquilo... É rapidinho, você vai ver! Em que poltrona você está?

Na 24... E você?

Na 22! Pronto, vai ficar perto. Qualquer coisa, você grita!

Tá! Obrigada!!

(alguns minutos depois...)

Não é só medo de avião. Estou nervosa porque estou indo me encontrar com alguém que procuro a mais de 40 anos. Estou indo para Salvador fazer um teste de DNA para saber se somos parentes.

Se são irmãs?

Não, se ela é minha filha.

(me espantei na hora e ela emendou)

Olha a cara dela! (e caiu na gargalhada)

Nossa, que pressão! Até eu fiquei nervosa, quero ver esse encontro! Como foi isso?

Quando eu tinha 12 anos, eu fui violentada e engravidei. Naquela época, gente de interior, minha mãe disse que eu tinha que casar com ele. Ele tinha 60. Me casei e 9 meses após minha filha nascer, ele tentou fazer aquilo de novo, mas eu já estava mais espertinha. Fugi nua para o mato e passei a noite inteira em pé, com cobra passando por mim, bicho me mordendo, imóvel. Quando amanheceu, vi que ele saiu para me procurar. Entrei em casa, vesti uma roupa, roubei minha filha e fui para a casa de minha mãe. Contei a ela, deixei meu bebê lá e pedi dinheiro para fugir para Recife. Quando cheguei aqui, minha mãe disse que ele havia passado lá, pego minha filha e ido embora. Soube que ele dava ela para as pessoas e depois pegava de volta, dava e pegava de volta. Por isso nos perdemos.

E como você achou ela??

Não achei. Minha família, uns parentes meus, estava no interior e a viu, conheceu ela e, após ela contar a sua história, acharam muita coincidência. Contaram para ela sobre mim e trocamos contato. Desde então, ela me liga todos os dias, me chama de mãe, me trata com tanto carinho. Estou indo para lá ver se é minha filha mesmo. Se for, vou gostar. Se não for, tudo bem também. 44 anos... Ela tem 44 anos hoje.

A senhora só tem ela?

Não. Lá em Recife eu encontrei um homem maravilhoso e somos casados. Tive seis meninos com ele. Depois adotei três meninas para ver se preenchia o vazio da minha filha. Nunca funcionou.

Que loucura!! Estou besta com a sua história!



Ela riu, o comissário nos chamou, ficamos em fila, entramos no avião, sentamos e ela foi tranquila para Salvador. Quando chegamos, eu não tinha mala para pegar, pois a minha era pequena e embarcou comigo. Fui saindo pelo portão para procurar meu pai e vi uma senhora com as mãos recolhidas no peito e uma menina ao seu lado, alisando seu braço e dizendo "calma, mãe." Voltei para onde as malas estavam sendo entregues e disse a ela:

Não precisa de DNA, ela é sua filha! É a sua cara!

E ela largou um sorrisão!

O encontro foi lindo! Emocionante! Se abraçaram, choraram. Ela nos apresentou, eu, minha tia e minha mãe, a "suposta" filha e neta! Emoção dupla! Nos despedimos e elas seguiram abraçadas pelo aeroporto. Em direção a uma nova etapa, tenho certeza!


Resta dúvida?


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Resenha do visto!


Colegash! Retornei de Ricifi! E vou dizer a vocês... QUE CHUVA FOI ESSA BRASEL?

Fui na sexta-feira na tentativa de curtir a viagem, além de fazer o visto, mas babou! Quase não saímos, era muita água, muito vento e só fez sol no ÚLTIMO DIA enquanto eu penava na fila do Consulado!

Claro que rendeu crises de riso, mas perdemos de visitar e conhecer várias coisas! Enfim, né? Coisas de viagem!

Gentchy, vim fazer a resenha do visto para "tranquilizar" (ou não) os que precisam tirar ou renovar o visto. Já digo de antemão: Separem MUTCHO dinheiro! É dinheiro para pagar o SEDEX que devolve seu passaporte com o VISA, é dinheiro para o consulado, para o formulário, para tudo! Minha tia calculou, com as passagens, algo em torno de mil reais! Dói, né? Pois é!

Uma dica para quando vocês forem (acreditem, é uma dica que eu gostaria que não fosse verdade) é: Tente ir na sua melhor apresentação! Vá arrumadinho, penteadinho, de roupinha fechada, com cara de rycoh! Presenciamos uma moça que foi tirar o visto com uma amiga loira. Tudo igual, trabalham no mesmo lugar, tem o mesmo cargo e renda, mas só a loirinha conseguiu. A moça que foi negada acusou o consulado de preconceito e seu marido chegou a ir lá, procurando por satisfação. Em vão, claro. Já viu americano se explicar para alguém? Elas estavam diferentes visualmente? Estavam. Roupa, cabelo e, pasmem, cor de pele. Se foi preconceito, não sei, pois não estava com ela na entrevista e, claro, ela pode ter respondido algo errado e, por isso, ter sido negada. Nunca saberemos! Mas fiquem atentos a isso! Se eles acharem que você tem cara de quem não tem dinheiro para pagar a viagem ou tem cara de que vai ficar por lá, eles não vão te dar o visa!

Outra dica é: CHEGUEM CEDO! A minha entrevista estava marcada para 13h30 e eu cheguei 11h40! Fiquei em quinto lugar na fila e os funcionários só foram conferir meus documentos 13h! Ou seja, esse tempo todo em pé para não perder o lugar. Quando abriram a porta, colocaram umas 10 ou mais pessoas preferenciais na minha frente! Portanto, fiquei em 15º, por aí! Depois de 4 horas de espera, fui entrevistada por MENOS DE CINCO MINUTOS só às 14h30! Imagine se eu não tivesse chegado quase duas horas antes!

Outra dica: As fotos 5x7 são imprescindíveis e eles são exigentes! Vi muita gente sair correndo para tirar a foto correta nos padrões exigidos! Portanto, sigam corretamente os mandamentos do formulário e livre-se de dores de cabeça em cima da hora!

Outra dica: Não vá sozinho! Peça alguém para te acompanhar, pois não permitem NENHUM APARELHO ELETRÔNICO lá dentro! Portanto, terá que deixar suas coisas com alguém. Isso inclui celular, iPad, tablet, notebook, laptop, rádio, cabo USB, pendrive, fone de ouvido... A lista é enorme! Existe um posto que tem um guarda-volume caso você não possa ir com ninguém, mas ele cobra para isso! Caso seja detectado, você voltará da primeira revista direto para o fundo da fila! É a treva total!

Vócê qué non fala english, non se worry! Os fofonildos, apesar de americanos, falam português com nozes! Sensacional, né? Achei respeitador, gostei mesmo!

Não me pediram absolutamente NADA de documentação na entrevista, muito menos a papelada que levei comprovando meu curso superior, minha carteira de motorista, de trabalho, para mostrar que não tinha interesse de ficar por lá! MESMO ASSIM não se arrisque e leve tudón!

E depois de milênios esperando, segue a entrevista:

- Ói Isadórua, tudo bón?
- Tudo :) (cara de paisagem)
- Entán, vou pruecisar das suas digithais, okay? Pruimeiruo os quatruo deduos da món esquerda, depoish a dirueita e, por fim, osh polegarues!
- (Digitais, pá, piririmpompom)
- Isadórua, qual foi a últema veish que foi aos Estaduos Oniduos?
- 2001 :) (cara de paisagem, again)
- Okay, Isadórua, seu vishto foi apruovaduo, boa viagem!
- O.o (cara de "só isso?")
- Tiriri tiriri tiriri (saída saltitante do consulado)

JURO que foi só isso! HAHAHAHA E eu feliz da vida por ter conseguido!



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