sábado, 30 de junho de 2012

Tem que ir só para dizer que foi...

Pronto! Cheguei naquele estágio da viagem que eu já começo a pensar em inglês. O bicho tá pegando, minha gente! Até com minhas tias eu falo em inglês...

Hoje fizemos menos coisas do que ontem, mas andamos o triplo! 

Pela manhã, resolvemos pegar o metrô e visitar Chinatown. Tomamos um breakfast mais light, mas foi uó. Ovo de manhã azeda a tarde de qualquer um. Não precisa comentar, não é? Fora que inventei de experimentar umas frutinhas que eu sempre via nos filmes americanos e ela tem gosto de mofo. Pena que eu esqueci de anotar o nome para livrar vocês desse experimento.

Chinatown é aquela confusão. É a 25 de março novaiorquina. Muito chinês e pouco entendimento. Não há nada absurdamente barato, muito menos uma cultura diferente instalada em NY. É um feirão... Eu não vi nada demais. Talvez valha a pena ir só para dizer que foi. Aliás, hoje esse foi o tema do dia!

Nos perdemos lá pela falta de costume com o local. Rodamos em círculos por duas vezes e foi frustrante! Resolvemos comer por ali mesmo, cedo, quase um pré-lunch, no POPEYE'S, uma rede estilo podrão que vende camarão, frango e batatinhas. Parece que a comida vai pingar óleo, mas é tudo sequinho e um pouco apimentado e pode beber o quanto quiser enquanto estiver lá dentro.

O popeye's enganou o estômago e retornamos para o hotel para buscar Paloma, uma amiga minha que está numa cidadezinha há 1 hora de Manhattan para a gente bater perna.



Antes de pegarmos o metrô, nos batemos com uma feirinha que, pelo que ouvi, era só hoje. Ali, sim, tinha coisa baratinha e eu comprei dois CD's de reggae com summer hits SENSACIONAL! As meninas vão pirar quando eu colocar no carro indo para a Bali, espia só! Minhas tias compraram várias camisas daqui, 5 por 20 dólares, olha que magavilha! Vi também MILHÕES de capinhas para iPhone. Mas são MILHÕES mesmo! De todos os tipos... Pena que eu não tenho um!

Falando em metrô, já falei do Metrocard? Não sei, vou falar novamente. Aqui a passagem de metrô é quase dois dólares. Para quem for ficar aqui por uma semana como eu, há um combo que cabe perfeitamente na situação. Por 29 dólares você carrega ilimitadamente o cartãozinho e passeia à vontade por exatos sete dias. E o metrocard também serve para ônibus, então é uma ÓTIMA para quem, como eu, não tem money para passear de táxi amarelinho pelas ruas de NY.

Voltando ao roteiro de hoje. Em conjunto, decidimos visitar o Brooklyn, bairro famoso aqui em NY pelo passado violento e presente mais seguro, além das constantes aparições em filmes e seriados passados em NY. Que ideia de jerico, Lord...

Então, Brooklyn tem... Carros, postes, algumas plantas e um museu. Demorou bastante para chegar lá e não vimos absolutamente nada demais. Aliás, aconteceu um episódio. Andando por uma rua deserta e munidas com as histórias de violência de lá, eis que surge lá no fim da rua um moçoilo muito na pegada de vou te matar. Ai surge mais um. Eu, a essa altura, já me tremia. Ao chegar mais perto vimos mais três e nós, que éramos quatro, quase falecemos. Passamos direto enquanto eles tentavam comunicação em vão. Eu não virava nem por dinheiro.



Pronto, acabou Brooklyn. Até os pombos são iguais aos de Salvador. Nenhum tinha olho azul... Nada, nada. Para não perder viagem resolvemos atravessar a ponte do Brooklyn, outra ideia de merda. É só uma ponte. Ok, a visão é incrível, legal estar ali, dá até para ver a Lady Liberty, mas continua sendo apenas uma ponte. Fora que a distância da desgraçavona é como andar da Graça até o Shopping Salvador. Ou pelo menos assim minhas pernas se sentiram. Do meio da ponte para o final, eu já não dava uma palavra. Era exaustão embaixo de um calor de 32 graus. Foi ridícula a ideia. Atravessamos e acabou, fomos embora. Consegui até rir das caras animadas daqueles que estavam iniciando a ponte. Certamente a sustentaram pelos primeiros 15 minutos. Levamos uma hora para atravessá-la. Nunca mais, meu Deus, nunca mais. Fomos só para dizer que estivemos no Brooklyn e que nunca mais passaremos por lá.

Eu estava ardida e fedendo a curral, na moral. Perdemos um tempão nessa porra de empreitada e estávamos quebradas para qualquer outra coisa, mas resolvemos ir na Macy's, uma loja de departamento de oito andares que vende absolutamente tudo. 

A Macy's é de matar. Tem tudo que você precisa num preço que você não pode pagar. Quer dizer, né, eu não posso. Foi um tour pelos oito andares, contemplando as escadas rolantes, olhando e tocando em tudo que nunca terei. Ira mortal. Para melhorar, eu e Paloma nos perdemos, pois se você subir por uma escada rolante e descer por outra, você simplesmente sai em outro lugar que você não faz ideia de como surgiu ali, pois você não o viu quando subiu. É um inferno. Fui na Macy's só para não dizer que não fui.

No retorno, estava doida por um chocolate quente. O céu estava fechando e acho que esse solzão não vai durar e quase ia na Starbucks, famosérrima rede de lanchonetes e uma porcaria ao mesmo tempo, quando Paloma me alertou sobre o hot chocolate da Dunkin' Donuts. Eu já ouvi falar das famosas rosquinhas de lá, mas não tinha ido ainda. Fora que meu sonho sempre foi beber naqueles copos americanos de biquinho, sabe? Foi a melhor parte do meu dia depois dos CD's de reggae. 

Tudo que aqui é famoso foi o maior erro do mundo para o meu paladar brasileiro. O que eles chamam de iced tea é um chá aguado, terrível, sem gosto. Odiei tudo aqui que era famoso e amei os que não se falam muito. A Starbucks, apesar da fama, em nada combina com o gosto que estamos acostumados. Duvido muito que gostem de algo de lá, mas como é famosa, é um lugar para ir só para dizer que foi, como já visitei a de Londres, não fui nem irei dessa vez.

Portanto, não experimentei mais nada da Dunkin', mas o chocolate quente, meu amoooooooor, é delicioso e é meu mais novo queridinho, pau a pau com o hambúrguer da Wendy's que eu não sei se já falei, mas é uma junk food daqui que eu não conhecia e é sensacional!

Vou dormir que estou acabada! 




É NY ou é Salvador???

HOT, HOT, HOT!!!!

Pense no calor de duas horas da tarde no porto da barra? Pensou? Foi NY hoje. Eu suava feito nigrinha, foi um terror. Eu quase saio do hotel com uma blusinha de manga 3x4, mas foi Senhor do Bonfim que me iluminou e me fez colocar um vestido.

Hoje resolvemos fazer um programinha leve que de leve só teve a quantidade de atrações. Andei PA-RA-CA-RA-LHO! Quem conhece NY vai entender a paletada... Fomos da 43th na Times até o Central Park andando, papai. 

No caminho, passamos por alguns pontos turísticos como a igreja de St. Patricks, a loja da Apple, a Fao Schweetz e tudo mais que tinha no caminho. AH! Passei novamente pela super loja de sapatos que eu tinha dito no primeiro post e gravei o nome... STEVE MADDENS! Quem vier para cá e gostar de consumir sapatos como eu NÃO pode deixar de dar uma olhadinha nela.

Tive a sorte de entrar na St Patricks durante uma missa e pude comungar em NY, botei para lá, hein? Rezei por todos vocês que estão no Brasil, pelos que me amam, pelos que querem meu bem, agradeci pela vida que tenho, pelo que me foi concedido e pela oportunidade da viagem. Eu sou abençoada, agraciada pela família que eu tenho e não canso de agradecer por eles! E vocês, meus amigos, são um milagre de amor na minha vida. Agradeci por todos vocês também! Own... Eu estava fofa lá, até me emocionei.

Para além da fofurice, a igreja é simplesmente maravilhosa. É um espetáculo para os olhos e não há descrição que alcance o que eu vi lá dentro, só com imagens e olhe lá! Outro ponto turístico impossível de ignorar...



Logo na entrada do Central, fiquei eufórica para sentir a graminha que já vi tantas vezes em fotos por aí. Tratei de comprar um sorvete lindo e colorido que me encheu os olhos para passear feito americana pelos longos corredores verdes do parque. Ô arrependimento... Era uma porra de uma bola de gelo colorida e SÓ. SÓ, não tinha gosto. Era gelo meu povo. Eu fiquei um bom tempo raspando meu dente naquele iceberg sem sentido até que ele, numa manobra simples, foi direto ao chão. Ô ÓDIO DESGRAÇADO!



Saímos de lá, ainda andando, e seguimos para o Dakota, hotel em que John Lenon morava quando foi assassinado por um fã. Lindo o negócio, mas eu estava tão cansada que contemplei sentada em um banco na rua, parecendo uma favelada na quarta-feira de cinzas. Ainda cheguei a entrar na praça em frente e visitar a famosa pedra IMAGINE onde ele compôs sua mais famosa canção.



De lá pegamos um ônibus e voltamos para a Times que já estava toda acesa e pulsante. Como hoje é sexta, a rua está um CAOS!!! É a Av. Sete em pleno meio-dia. Percebi a quantidade enorme de brasileiros que passeiam por aqui. E digo mais, TODO mundo tem um iPhone ou iPad em mãos, no alto, registrando tudo e ninguém tem medo de ser roubado não... Vá andar assim na Pituba, vá...

Foi aí que rolou o isadorismo do dia, óbvio. Dizendo ninguém acredita que minha vida é uma novela... Saindo do GODIVA, uma loja de chocolates daqui, fomos abordadas pela RECORD. MARMININO! Ó pra isso... Resultado? O resultado vocês verão no Domingo Espetacular, na matéria referente a cocô de passarinho. Sem mais. Mas minha gente, como é isso? Só acontece comigo...

O resto é história para boi dormir... Pontos como Hard Rock, Apple Store, M&Ms Store, Hersheys, são todos interessantíssimos para se visitar. Vale muito a pena ir e permanecer na Times enquanto escurece. É um absurdo de luzes e de vida. Os letreiros, marca registrada de NY, são absurdos! EU AMO  ISSO AQUI!!!

Falando nisso, quem gostar de eletrônicos, procure pela B&H. É a loja onde os preços estão mais baixos e você encontra de tudo! E a partir de 50 dólares você ganha uma mochilinha.

Kisses w love!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Second day

Ê mama... ÊÊÊ mama... Meu nome é dor e é dor em todos os lugares, até na polpa da bunda. 
Hoje fizemos muito mais turismo útil do que fútil, muito embora para mim isso seja um paradoxo eterno. Iniciamos nossa jornada novaiorquina atravessando a cidade até Wall Street com o intuito de conhecer a famosa NYSE, a bolsa de valores de NY. 
Antes, claro, fomos degustar nosso breakfast na padaria Mc Donald's, vocês não conhecem. MUAHAHAHA. Eu, leiga em matéria de café com leite nessa carniça que é a MAQUI DONALDS, pedi um diabo lá que tinha cara de gostoso, mas ficou pela metade. Uma porra de um pão com gotas de chocolate Ó QUE NADA A VER com gema de ovo cozida, bacon e queijo. Ói, você me deixe. Tá lá até agora na mesa. A única coisa legal é o visual das lanchonetes da rede aqui. São todas diferentes, com pegadas diferentes, é muito legal. Olha a foto aí!! 



Depois fomos pegar o metrô. Metrô igual ao de SP: sujo, quente e com gente engraçada. 
O problema, meus amigos leitores, começou na caça ao tal do diabo do touro - Charging Bull - que representa a bolsa de valores que fica em Bowling Green. Minha gente, eu andei tanto, tanto sem necessidade por conta das porras dos americanos que não concordam entre si sobre a direção dos lugares. Foi um santo felipino-japonês-chinês que nos ajudou com a informação correta. Eu, que não sabia quem era esse touro no jogo do bicho, estava esperando o touro bandido, com cara de malvadão e do tamanho de um ônibus. Quando eu encontrei o bezerro, além de pequeno, ele era sorridente, com uma cara de baitola rapaz que eu não acreditei... E tem fila para tirar foto com ele, viu? Eu linda não fiquei, tirei pela grade mesmo que eu não sou brincadeira. Ainda fiz questão de tirar foto com um guarda na rua, muito SVU para meu coração, eu não aguentei. Ele ainda tinha dente de ouro, meu povo, ó que riqueza!




Aliás, eu amo os policiais daqui. Me remetem às séries que eu amo: SVU, CSI e todas as policiais que eu assisto, fico doida quando vejo um NEW YORK POLICE DEPARTMENT. 
Falando nisso, é de grande valia a nota que farei agora. TODAS, eu disse TODAS, sem exagero, as americanas tem as unhas dos pés pintadas com esmaltes coloridos e exóticos. A mão quase nunca está pintada, mas o pé está lá brilhando, podre e colorido.
Depois seguimos descendo e fomos em direção ao nada que restou das Torres Gêmeas e eu estava realmente esperando um momento de emoção nessa viagem caótica. ZERO. Os escombros da tragédia, marcada pelo momento em que o mundo inteiro chorou, foram transformados em turismo. Os destroços viraram museu e o local do desabamento é só poeira, mas você tem que pagar para entrar e ver o sofrimento de famílias transformado em dinheiro. Pirei, hein? Não contribuí para isso, apenas registrei um painel muito bonito com as vítimas do Corpo de Bombeiros. Ah! E já estão construindo - e está bem avançada - uma outra torre que promete ser a mais alta do mundo. Na revolta, fui embora.




Resolvemos passar na Century 21, o equivalente a estação da Lapa, av. sete, só que mais chique. Os produtos são ótimos, mas a feira de pessoas é uma loucura. O povo só falta atirar para cima. Claro, nos perdemos. Após sair varrendo as prateleiras em busca de coisas que eu gostasse, me perdi das duas, depois achei uma e ficamos quase 1 hora procurando a outra. Na frustração, resolvi sair em busca de Tia Nem e protagonizamos uma cena de desenho animado. Por duas vezes subi, ao mesmo tempo em que ela descia, uma escada rolante. Ríamos, cada uma em uma direção, indo para baixo e para cima, uma miséria.

Vou te contar... A Century é legalzinha para óculos, um tiquinho de nada para relógios e roupa nem pensar. As roupas são fuleiras, rapaz, chinfrin mesmo e não são baratinhas. Mas tem muita gravata. Rapaz, quanta gravata! Em matéria de 21, eu fico com a Forever!
Finalizado esse departamento, partimos rumo a queridinha da estátua da liberdade, a Lady Liberty! Que maravilha, que escândalo, que emoção... Ela está em reforma. 
...
Só acontece comigo. Só deu para ver de longe a verdinha lá, mas foi legal, deu para matar a curiosidade. Fizemos um passeio de ferry muito do nada a ver em volta dela e de graça! Falando nele, posso contar uma particularidade? Na volta, sentamos do lado de um homem muito peculiar. Quando o ferry iniciou, ele tirou os sapatos e ficou de meia, em posição de cacique, colocou fones e começou a meditar. O cara escarrava e arrotava a todo momento. Fiquei um pouco tensa.

Quando decidimos ir para o píer 17 - depois falo dele - paramos para ver arte de rua e aí... ÓBVIO, o cara me puxa e me coloca no meio da roda. PQP! Foi um festival de gozação que TINHA que me ter no meio senão não seria Isadora. No fim, o cara ainda me achou a coisa mais linda de Cosme de Farias, disse que era meu husband e pediu para tirar uma foto comigo. Ô coisa linda, check this!

No píer 17 foi mais tranquilo. É um lugar com carinha de passar a tarde. Muitas feirinhas e restaurantes virados para o mar. Ficamos um tempão lá antes de retornar e jantar no DUKE, restaurante de esquina, o nosso preferido, o mesmo que almoçamos ontem.
AH! MENTIRA! Antes passamos também na Grand Central que é uma estação de metro que vá tomar banho, viu... Eu não vou dizer nada, vou só mostrar:

Beijos, beijos, beijos!!




quinta-feira, 28 de junho de 2012

This is NY, baby!

New York, New... New York... Pam, pam ram ram, pam...

Não é por nada não, mas eu estou falando com vocês num Hotel, vizinho da Times, comendo skittles e bebendo coca-cola. É New York ou não é?

Mais uma viagem que vocês me acompanham e eu adoro contar para quem quiser ler minhas aventuras por aqui, é bom que já vou dando dicas.

Vou logo dizendo... A American Airlines, empresa que me trouxe, é super mal falada e eu acho que é por conta das aeronaves. Como tentamos baratear a ida para podermos guardar dinheiro para gastarmos aqui, fizemos duas escalas com eles até chegar em NY, o que nos resultou uma saga de 12 horas de avião. Atentando para o fato de que esses vôos, apesar de internacionais, não contam com TV individual e a cadeira reclina pouco, a viagem fica um inferno de dores lombares e enjôos. Sem contar que pegamos um piloto de Fórmula 1, não há outra hipótese cabível, que atravessou a velocidade da luz e nos obrigou a ficar quase todo o vôo de Miami para NY com os cintos afivelados. As turbulências que enfrentamos rendeu coros esporádicos de "Ui" e mãozinhas para cima, como numa montanha-russa, daqueles que, provavelmente, não tem família e nem medo de morrer. Eu quase faleci. Mas a comida é muito legal, heim? Almocei um strogonoff de carne muito do gostoso!

O aeroporto de Miami, para quem não conhece, é meio fantasma eu achei. Os únicos locais habitados por humanos são os portões de embarque e as lanchonetes. TODO - ele é muito grande - o resto é solitário e silencioso. Para vocês verem como ele é enorme, temos que pegar trem dentro do aeroporto para chegar nas plataformas correspondentes com o vôo.

Alfândega. A temida alfândega foi mamão com açúcar. Estávamos destinadas a uma cabine com um policial federal jovem, de cabelo raspado, cheio de tatuagens e bigode de xerife. Ou seja, fudeu. Meus caros, nos 45 minutos do segundo tempo, quando éramos as próximas, eis que surge uma troca e a cadeira é ocupada por um gordinho, rapaz, muito do simpático, com cara de mineiro, sorridente e serelepe. Conversou horrores comigo, puxou papo e eu nem precisei colocar todos os dedos para ele pegar as impressões digitais - coisa que minhas tias tiveram que fazer - porque eu acho que passo confiança. SÓ PODE SER ISSO! Ou a minha beleza baiana nagô, uma das duas.

Chegamos em NY às 23h e alguma coisa, horário local, e eu, acordada há mais de 30 horas, só queria dormir, eis que surge a sobrevivência. Só eu falo inglês entre as Salignac e tive que ser a translate da rodada, aliás, do para sempre, né? 

Chegamos no hotel Carter e já começou a porra daí. Famoso pelos ratos que caminham pelo quarto e os funcionários mal humorados, nos deparamos com uma maravilhosa escada para arrastarmos nossas malas gigantescas, único acesso à recepção do hotel. Primeiro ataque de riso da viagem! Para nooooooooooooossa alegria, o hotel é também super antigo, todo dourado e com tapete brega. É quase um hotel fantasma. Eu juro que consegui ver a cena daquele Pânico aparecendo no fim do corredor para me esfaquear. Mas olha que maravilha, funcionários educados, gentis e simpáticos. Jeremy, para ser mais específica, já salvou nossas vidas umas 3 vezes desde que chegamos e olhe que aprontamos, viu... Saldo de ratos vistos até agora: 0. Mas coisas estranhas acontecem quando não estamos aqui... Só para constar.

De cara já saímos. Arranjamos uma desculpa para ir na rua comprar uma besteira. Comprei um potinho de Häagen-Dazs que não pode faltar e fomos comer o famoso hot dog de um dólar, que agora é TRÊS, e ver a rua. Foi o suficiente para me sentir em NY. Já passava de 1h da manhã e estavam todos na rua que, por sua vez, estava toda acesa, com letreiros piscantes, muita gente correndo, taxi amarelinho estacionado, limosines passando e muita capa de revista com Kim Kardashian. Eita coisa maravilhosa!!!

Dormimos e iniciamos o nosso primeiro dia oficialmente na Big Apple. Saímos para comprar ou seria melhor dizer pedir dinheiro para agiotas residentes do bairro de Valéria para que fosse possível bancar nossas loucuras consumistas daqui??

QUE LOUCURA! Eu, idiota, fui inventar de fazer a primeira parada logo na minha queridinha, a Forever 21, que é uma loja que eu "conheço" há um tempo por conta dos blogs de moda que visito. Foram horas. Queridos, horas. Eu estava tão nervosa, tão agoniada e impressionada, que saí pegando tudo que vi pela frente, sem colocar em sacola nenhuma e me perdi de minhas tias. Ao pegar 3 vidrinhos de esmalte e tentar equilibrar tudo nos meus braços, eis que surge o primeiro acidente. Ouvi uma caceta cair no chão e senti minha perna gelar com um líquido gosmento: era a porra do esmalte. Tinha um segurança negão na minha frente, pegada Ilê Aiyê, que me olhou na hora e fez uma carinha de reprovação que eu quase iniciei um ataque cardíaco. Eu queria dizer em todas as línguas que eu iria pagar, quando tentei jogar as compras numa mesa e ver o estrago. Foi o verde-limão-metálico, logo o mais chamativo de todos e o vidro era gordinho. Era quase uma cena de Shrek. Eu estava verde do joelho para baixo. Eu e o chão branquinho da Forever. Eu congelei e esperei alguém aparecer para me salvar. Minhas tias me acharam parada, estática e verde e começaram o ataque de riso. Porra, sacanagem, eu estava desesperada, mas tudo bem. A gerente, uma indiana linda e educadíssima disse para eu não me preocupar, mas como é que faz, minha gente? Eu era um Hulk baiano, morrendo de vergonha, toda pintada, com os dedos colando, vidro entrando no pé e sem poder reclamar por estar toda errada. Passa a página, corri e fui embora.

Passei por vitrines que me fizeram querer ser filha de Eike Batista. Eu preciso de dinheiro para comprar essa cidade inteira, caso contrário serei um caso perdido de depressão e arrependimento, uma esquizofrênica consumista frustrada. Eu vi uns cílios que só Jesus. Comprei alguns, mas eram muitos e eram 11, 12 dólares, o que para mim é uma loucura de caro, mas eles eram especiais, lindos, coloridos, gritantes e estavam ali para mim, eu sei que estavam.

Foi uma tempestade de roupas que me fizeram ruir. Hoje eu exagerei, eu assumo e quero chicotadas. 

Fomos almoçar num restaurante que parecia prato feito, mas era OUTRAS COISA, né? Fiquei tão abestalhada que meu prato tinha morango e macarrão com queijo, assim tudo junto e misturado, além de outras iguarias. 

Depois fomos rodar mais. Entramos na B&H que é uma loja de eletrônicos, especializada em vídeos e fotografias, e ela é enorme. Mas, pasmem, não sou muito ligada em modernidades e fiquei um tempo sentada enquanto minhas tias corriam feito baratas pela loja. Passamos um bom tempo lá o que me fez notar como o pessoal daqui é estranho no bom sentido. São extremamente coloridos - e isso inclui cabeeeeelo - e estilosos. Nossa, uma explosão de moda a cada esquina, tô amando!

Achamos no meio do caminho uma loja de sapatos que, essa eu fiz questão de pegar o nome, se chama... Perdi o cartão, FUCK! Enfim. Era uma loja que me fez sentar e chorar. Todos aqueles sapatos que nós mulheres, sonhando com esse dia do encontro, compartilhamos no facebook e achamos que eles não existem, aqueles de saltos de pedras, brilhos, com caveiras, todos de glitter, de tacha, de spikes, altíssimos... Então, são todos de lá. E estavam em promoção... Te contei? Eu queria soro na veia nesse momento, calcei sapatos que nunca imaginei colocar no meu pé e os que eu gostava não tinha meu número. Saí pedindo para morrer, mas vou tomar coragem para voltar lá até ir embora daqui.

Depois dessa tristeza sem remédio, achamos uma tal de PRIMA DONNA - só lembro o nome, pois comprei lá e tem na sacola - que... Ai, ai. Então, ela de início parece ser só de acessórios, mas quando você vai até o fundo da loja você acha... SAPATOS! Sapatos de 12, 15, 19 dólares... O mais caro que eu comprei foi 30 dólares. E não é qualquer sapato, é sapato com cara de chique, minha filha, fique aí! Substituiu meu sonho de consumo e preencheu o vazio do meu lado fútil? NÃO, mas quebrou o galho, viu colega? Saí feliz demais da conta!

Após muitos sapatos novos, calcinhas, esmaltes, roupas o escambal, cheguei no hotel e estou acabada.com. Amanhã tem mais e vou acordar mais cedo para aproveitar mais ainda, mas PROMETO, SENHOR, me controlar. Hoje eu estava sem limites.

QUE SAUDADE DE VOCÊS!

Love,
Isa.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Eu posso escolher?


Você acredita em búzios? Em cartas de tarô, mãos que traçam o futuro? Acredita em destino? No imutável?

Desde pequena eu fui criada na lógica católica e, como acontece com muitos, na adolescência eu me entendi como espírita e sigo assim até hoje. 

De uns tempos para cá percebo que nossas crenças, apesar de extremamente fiéis, são fracas. E eu me dei conta disso após episódios rotineiros e estúpidos como a insistência de um livro chamado Oráculo em me dar respostas certeiras quando questionado por mim num dia qualquer.

Eu comecei a perceber que eu, depois de velha, estou me apegando a tudo. A obediência inquestionável não permeia mais os campos da minha fé e eu me percebo, agora mais do que nunca, uma liberta. Eu acho que atravessei a barreira, fui além dos ecumênicos, eu cheguei a uma religião em comum à minha paz de espírito. Eu não deixei de ser espírita, mas agora eu sou, muito além disso, uma comunhão em prol do que vier. 

Me dei conta de que consigo, sem medo de julgamentos, acreditar só no que eu quiser e me sentir bem. E isso pode significar que minha fé, numa tarde duvidosa, vai se amarrar a um livro da Saraiva que diz conter as respostas para as perguntas da vida ou, em outro dia ensolarado, que vou responsabilizar um passarinho pelas minhas decisões: tipo assim... se ele voar, eu vou, se ele não voar em até um minuto, eu fico. E ainda assim, o que ele fizer, se eu não concordar, me permitir fazer o contrário do combinado comigo mesma.

Eu acho que, na verdade, eu não confio mais no destino. Eu me assusto e não consigo me convencer dessas coisas que estão "escritas". Se estão escritas, então que eu ache o mapa que me leve até lá para eu apagar, pois não resta graça nenhuma nessa vida que já é curta se ela seguir independente dos meus sentimentos, do que eu buscar para mim, das portas que eu decidir, de última hora, não abrir.

Eu quero ser um livro que tenha sua metade em branco e a outra parte toda rasurada, com folhas amareladas e outras cheias de adesivos e entradas de cinema. Sem contar com as que terão pulseiras daquele show maravilhoso e a etiqueta da minha primeira calcinha fio-dental. 

Eu juro que acredito num croqui de vida, numa perspectiva possível de vivências, mas não consigo me convencer do engessado, do traçado, do imutável. Eu prefiro ser do time do livre-arbítrio, aquele que me responsabiliza inteiramente pelo que vou fazer e pelo que atravessar minha vida. Quero que seja minha a assinatura embaixo de cada contrato quebrado por pessoas que eu julgava serem minhas amigas. Quero sentir o doce de saber que conquistei aquela pessoa, pois fui mais cheirosa na padaria aquela manhã. Isso pode estar escrito? Pode... Até eu questionar se está escrito ou não já pode estar escrito. E o perfume exagerado também e o pão e a padaria...

Vamos dizer assim. Eu, aqui, agora acho que não acredito mais em mim. Eu, no fim desse texto, acho que já estava escrito que eu escreveria isso aqui e quando eu escolher ali e depois mudar para lá, também estava escrito. 

Mas quando alguém me disser que leu numa borra de café que eu terei 2 filhos, eu quero ter 3, assim, só para contrariar. Eu posso escolher? Então eu escolho não acreditar, acreditando, para poder acontecer. Pode ser?


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Esmalte da semana!

Essa gama de cores para letras do blogspot é fuleira, viu? Não consegui achar uma que chegasse perto do esmalte da semana, mas vamos lá! Há um tempão eu não colocava uma cor tão alegre na minha unha, mas hoje fez um dia tão bonito que eu resolvi resgatar minhas unhas coloridas! Vamos ver??






A cor mais fiel ao que eu vejo nas minhas unhas é a primeira foto. Nas outras eu achei o tom muito azulado e o esmalte é bem verdinho. Não consegui captar exatamente a coloração :(

Além disso, passei reflexos dourados em cima e sigo me sentindo uma mermaid. Mas também não consegui captar o TCHAN que ele deu no esmalte de baixo, mas tá lindo, a misturinha vale a pena!

O que eu usei:

3 camadas de IMPONENTE, Ludurana.
1 camada de REFLEXOS DOURADOS, Colorama.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Love is a verb...

Hoje é dia de comemorar o amor, a relação, o companheirismo. Não é só para os namorados que esse dia é dedicado. Hoje vale, também, abrir um champanhe para a convivência, para o acordo bem feito de se viver a dois, para uma rotina bem planejada.

Para além desse mimimi de que não é só hoje que se comemora o dia dos namorados, que é todo dia, que... Enfim. Mas capriche hoje. Sua namorada, sua mulher com certeza está esperando um carinho mais especial hoje. Seu namorado também, seu marido... Não se arrisque tanto com um paquera, ele pode não merecer. Mas se ele merecer, se dedique. Todo mundo está mais amolecido no dia dos namorados, até o Google está, portanto exale amor.

E não digo só o amor literal, aquele com contrato para assinar, o que te incube de uma série de responsabilidades, que te proíbe de várias coisas. Eu falo do amor genuíno, aquele que nasce de um olhar e que não tem compromisso com nada além de simplesmente ser. Para amar nunca houve regras e você pode amar quantos quiser, pelo tempo que quiser, da maneira que quiser, pois a fonte que reside em mim na qual só sai amor é infinita e eu vou amar até onde eu puder.

Hoje vale se contaminar com a atmosfera do dia.

Não sou a favor das loucuras de um shopping em busca de um presente vazio, feito por alguém em série numa fábrica fria que em nada vai se parecer com o amor que você devota, mas que até tenta, dentro de uma caixa bonita, representar aquilo que você não consegue verbalizar. Se não consegue verbalizar, não verbalize. É porque não é para ser dito ou mostrado, é para ser passado, sentido, energizado. 

Até vale um mimo, mas ame também. Olhe com verdade para quem você ama. Passe muito amor no toque, no abraço. Seja amor, por favor, vai fazer diferença. Uma almofada ou um porta-retrato não tem esse poder, quem tem é você.

Reconheça no outro a sua calmaria, a solução compartilhada com os seus desejos, o próximo passo refletido nas suas pretensões. Reconheça nele, você.

Feliz dia dos namorados! 


Uma história bonita :) Quer ver? Clica aqui. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Os Vingadores



Quase que faço o post todo em azul, vermelho e branco, por conta do capitão América, mas não quero vestígios tricolores no meu blog rubro-negro, portanto, será vermelho.

Devo confessar que nunca fui fã dos tais vingadores em questão e eu era tão antenada neles que podia jurar que formavam a liga da justiça. Ou seja, né? Zero para mim em matéria de super-heróis. Mas aceitei o desafio mesmo assim.

Como assisti ele há uma semana atrás, não lembro tanto dos detalhes, até mesmo por não ser uma admiradora armazenar as informações para reproduzi-las aqui ficou mais difícil, mas vamos lá.

Os Vingadores, pelo que eu entendi, é uma espécia de grupo formado por heróis aposentados, se é que me entendem. Após o roubo de um pedregulho brilhante que, segundo o moço que fica piradão pelo sumiço, tem força para destruir todo o planeta Terra, eles descobrem que o nigucin está nas mãos de um outro moço que atende pelo nome de Loki, um vilão DIOW (diowtro planeta), que em nada simpatiza com a Terra, ou seja, pernas pra que te quero! 



Aí é que começa a saga. Eles contratam uma ruiva gostosona para reunir os ex-heróis que estão espalhados pelo mundo sem nenhuma pretensão a arriscar suas vidas novamente, muito menos utilizar seus uniformes - bem breguinhas diga-se de passagem - para que eles vinguem a Terra, daí o nome Vingadores.

Reunidos, o filme gira em torno das dificuldades que encontram em entrar em consenso a respeito do plano de ataque e de conviverem com seus egos inflados de heróis. 

As cenas são engraçadíssimas e pelo que pude notar Hulk é o grande astro dos vingadores. Ele rouba quase todas as cenas com seu jeitão atrapalhado e sua força assustadora! 



Diante de um portal que é aberto, a cidade é invadida por alienígenas comandados por Loki para destruir o planeta. Juntos, Os Vingadores conseguem, é claro, colocar tudo em ordem, após uma singela destruição total do lugar. Mas isso nunca importa, não é mesmo?



Eu recomendo. É light, engraçado e vale a pena. Quase uma sessão da tarde! Sei que vou assisti-lo novamente daqui uns 10 anos com meus filhos, quem sabe, numa tarde de domingo. ;)

Trailer: 



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